Tenho nem discurso pra formular. Apenas obrigado por esse texto.

[Editando]...

Tenho sim. ME lembrou de um termo em francês. Acho que por que os franceses são os inventores do amor, e por terem relacionamentos baseados não necessariamente na fidelidade. Tempos atrás cheguei a pensar que eu deveria namorar uma francesa e que isso facilitaria tudo. Esprit de l’escalier é o termo... Serve pra descrever o momento onde você encontra uma resposta para determinada situação, mas já é tarde demais. Acontece na escada, enquanto você sai do recinto. É quando surge a resposta certa para te elevar a auto estima e sair por cima, mas ela só chega quando você já está na escada.

Me lembrou isso. Se deparar com uma situação de instabilidade emocional, se confrontar com expectativas e ideias que estavam na sua cabeça. Querer perguntar e não o fazer, sabendo que depois retornar ao assunto será a pior abordagem possível. Decidir na hora sobre o que fazer e sobre como agir. Pensar sobre o que deveria ter feito e não, sobre o que fez e não deveria. Entrar, finalmente, na paranoia de achar que tendo atitudes diferentes as coisas seriam diferentes. E no final acabar fazendo a única coisa que realmente faria.

Venho percebendo em mim crescer essa ideia de que corpo não pertence. Que corpo vive e se desenvolve. Que mente não pertence, que ela vive e se desenvolve de maneira quase errante... E que essa não pertence direito nem à gente, quanto mais aos outros.

Parece até Déja vu. Não é uma ideia, é só uma sensação. Mas tem também o Jamais-vu, quando sabemos que algo já aconteceu, mas não conseguimos localizar a informação no nosso cérebro. Fica só a sensação, o sentimento. É estranho não saber o que está acontecendo ou o que aconteceu mesmo. É quase tão estranho quanto o fato de franceses terem termos pra tudo, para os defeitos da mente e para amor.