Ótimo texto! Espero que essa série de textos continue por muito tempo, porque parte do caminho para solucionar esses problemas é discuti-los.
Alguns pontos me chamaram atenção em especial:

1- Como foi dito no texto, o antigo chefe da arbitragem foi substituído pelo Coronel Marinho, de São Paulo. Este havia sido de lá afastado após escalar um arbitro suspenso pelo STJD na Copa São Paulo de Futebol Junior. Além disso, o substituído Sérgio Corrêa passou a comandar a comissão que avalia a implementação de vídeos na arbitragem. Decisões como essas demonstram o caráter político das escolhas.

http://www.lance.com.br/fut...

2- Vale mencionar que a arbitragem dos jogos não é selecionada de maneira secreta, sendo inclusive transmitida pela CBF, mas não adiantar ser assim se colocarem para sorteio vários árbitros pouco conhecidos e/ou de baixa reputação em sorteio para jogos importantes. E é essa uma das grandes críticas ao atual modelo, mesmo sendo mais transparente.

http://www.cbf.com.br/cbf-t...

3- Os árbitros devem ter dedicação exclusiva a arbitragem, mas considero tão ou mais importante que seja regulamentado e liberado o uso de tecnologia nas decisões importantes das partidas. Deve haver a possibilidade de um time desafiar determinadas marcações da arbitragem. Acho muito interessante o modelo da NFL de desafios e validações de pontuações via analise de imagens. No caso do futebol seria interessante também existir uma checagem em todas as marcações de pênaltis, por exemplo, independentemente de desafio. Muita gente argumenta que isso tomaria muito tempo, mas poucas vezes um pênalti é cobrado sem, pelo menos, um ou dois minutos de reclamações. Uma analise de vídeo tomaria menos de um minuto do tempo de jogo.

Sobre o argumento levantado por muitos torcedores de que a tecnologia acabaria com a graça das discussões sobre arbitragem: com todo respeito, não vejo graça em um campeonato ser classificado como "manchado".

Editado para acrescentar que seria muito bacana um texto para discutir o estado atual do nosso futebol no que tange aos técnicos, formação, falta de brasileiros treinando clubes europeus e argentinos treinando vários clubes no Velho Continente e também seleções pelo mundo.